Incorporação da classificação NOVA na produção científica em alimentação e nutrição na América Latina: uma revisão cienciométrica
DOI:
https://doi.org/10.37527/2022.72.2.005Palabras clave:
América Latina, Classificação NOVA, Indicadores de Produção Científica, Produção de AlimentosResumen
Em 2009, foi proposta uma classificação de alimentos, denominada classificação NOVA. Países da América Latina tem se destacado em seu uso nas recomendações nutricionais e agenda regulatória. Objetivo. Avaliar como a produção científica em alimentação e nutrição na América Latina tem incorporado a classificação NOVA. Materiais e métodos. A análise da produção científica foi realizada a partir de trabalhos apresentados no Congresso Latinoamericano de Nutrição (SLAN) nos anos de 2012, 2015 e 2018. Os termos utilizados para a busca foram: NOVA, ultraprocessado, processado, processamento e guia alimentar, nos idiomas português, inglês e espanhol. Após a busca, foram aplicados os critérios de exclusão e inclusão e os resumos selecionados foram descritos de acordo com variáveis analíticas previamente definidas. Resultados. Foram analisados 153, sendo 24 publicados em 2012, 20 em 2015 e 109 em 2018. A maioria dos estudos foram desenvolvidos no Brasil (56,2%) e no México (12,4%) e envolvia adolescentes (28,8%), adultos (21,6%) e alimentos (19,6%) como sujeito/unidade de análise. A maioria dos trabalhos foi classificada na área de Nutrição em Em 2009, foi proposta uma classificação de alimentos, denominada classificação NOVA. Países da América Latina tem se destacado em seu uso nas recomendações nutricionais e agenda regulatória. Objetivo. Avaliar como a produção científica em alimentação e nutrição na América Latina tem incorporado a classificação NOVA. Materiais e métodos. A análise da produção científica foi realizada a partir de trabalhos apresentados no Congresso Latinoamericano de Nutrição (SLAN) nos anos de 2012, 2015 e 2018. Os termos utilizados para a busca foram: NOVA, ultraprocessado, processado, processamento e guia alimentar, nos idiomas português, inglês e espanhol. Após a busca, foram aplicados os critérios de exclusão e inclusão e os resumos selecionados foram descritos de acordo com variáveis analíticas previamente definidas. Resultados. Foram analisados 153, sendo 24 publicados em 2012, 20 em 2015 e 109 em 2018. A maioria dos estudos foram desenvolvidos no Brasil (56,2%) e no México (12,4%) e envolvia adolescentes (28,8%), adultos (21,6%) e alimentos (19,6%) como sujeito/unidade de análise. A maioria dos trabalhos foi classificada na área de Nutrição em Saúde Pública (88,9%), era de natureza observacional (82,3%) e empregava método quantitativo (76,5%). A venda e/ou consumo de alimentos (46,4%) e o ambiente alimentar (24,2%) foram os objetos de estudo mais frequentes. Conclusão. A produção científica que considera a classificação NOVA na América Latina aumentou em 2018, com Brasil e México liderando o desenvolvimento dos estudos. Estudos que explorem a relação da classificação NOVA com o preço dos alimentos, habilidades culinárias e políticas públicas são oportunidades de pesquisa.
Descargas
Citas
Welsh S, Davis C, Shaw A. Development of the food guide pyramid. Nutritional Today. 1992; 27(6):12-23. Doi: 10.1097/00017285-199211000-00005
Phillipi ST, Latterza AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev Nutr. 1999; 12(1):65-80. Doi: 10.1590/S1415-52731999000100006
Monteiro CA. Nutrition and health. The issue is not food, nor nutrients, so much as processing. Public Health Nutr. 2009; 12:729-731. Doi: 10.1017/S1368980009005291.
Monteiro CA, Levy RB, Claro RM, de Castro IRR, Cannon G. A new classification of foods based on the extent and purpose of their processing. Cad Saúde Publica. 2010; 26(11):2039-2049. Doi: 10.1590/S0102-311X2010001100005
Monteiro CA, Cannon G, Levy RB, Mourabac JC, Louzada ML, Rauber F, et al. Ultra-processed foods: what they are and how to identify them. Public Health Nutr. 2019; 22(5):936-941. Doi: 10.1017/S1368980018003762
Pan American Health Organization. Ultra-processed food and drink products in Latin America: Trends, impact on obesity, policy implications. Washington (DC): PAHO, 2015.
Pan American Health Organization. Ultra-processed food and drink products in Latin America: Sales, sources, nutrient profiles, and policy implications. Washington (DC): PAHO. 2019.
Canella DS, Levy RB, Martins APB, Claro RM, Moubarac JC, Baraldi LG, et al. Ultra-processed food products and obesity in Brazilian households (2008-2009). Plos One. 2014; 9(3):e92752. Doi: 10.1371/journal.pone.0092752
Juul F, Martinez-Steele E, Parekh N, Monteiro CA, Chang VW. Ultra-processed food consumption and excess weight among US adults. Br J Nutr. 2018; 120(1):90-100. Doi: 10.1017/S0007114518001046
Monteiro CA, Cannon G, Lawrence M, Costa Louzada ML, Pereira Machado P. 2019b. Ultra-processed foods, diet quality, and health using the NOVA classification system. Rome, FAO.
Dos Passos CM, Maia EG, Levy RB, Marting APB, Claro RM. Association between the price of ultra-processed food and obesity in Brazil. Nutr Metab Cardiovasc Dis.. 2020; 30(4):589-598. Doi: 10.1016/j.numecd.2019.12.011
Canhada SL, Luft VC, Giatti L, Duncan BB, Chor D, Fonseca MJMD, et al. Ultra-processed foods, incidente overweight and obesity, and longitudinal changes in weight and waist circumference: the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Public Health Nutr. 2020; 23(6):1076-1086. Doi: 10.1017/S1368980019002854
Askari M, Heshmati J, Shahinfar H, Tripathi N, Daneshzad E. Ultra-processed food and the risk of overweight and obesity: a systematic review and meta-analysis of observational studies. Int J Obes. 2020; 44(10):2080-2091. Doi: 10.1038/s41366-020-00650-z
Chen X, Zhang Z, Yang H, Qiu P, Wang H, Wang F, et al. Consumption of ultra-processed foods and health outcomes: a systematic review of epidemiological studies. Nutr J. 2020; 19(1):86. Doi: 10.1186/s12937-020-00604-1
Cediel G, Reyes M, Corvalán C, Levy RB, Uauy R, Monteiro CA. Ultra-processed foods drive to unhealthy diets: evidence from Chile. Public Health Nut. 2021, 24(7):1698-1707. Doi: 10.1017/S1368980019004737
Marrón-Ponce JA, Flores M, Cediel G, Monteiro CA, Batis C. Associations between consumption of ultra-processed foods and intake of nutrients related to chronic non-communicable diseases in Mexico. J Acad Nutr Diet. 2019. S2212-2672(18)31402-3. Doi: 10.1016/j.jand.2019.04.020
Louzada MLC, Ricardo CZ, Steele EM, Levy RB, Cannon G, Monteiro CA. The share of ultra-processed foods determines the overall nutritional quality of diets in Brazil. Public Health Nutr.2018; 21(1), 94–102. Doi: 10.1017/S1368980017001434.
Moubarac JC, Parra DC, Cannon G, Monteiro CA. Food classification systems based on food processing: significance and implications for policies and actions: a systematic literature review and assessment. Curr Obes Rep. 2014; 3(2):256-272. Doi: 10.1007/s13679-014-0092-0
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a população Brasileira – 2ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Uruguay. Ministerio de Salud. Dirección General de la Salud. Área Programática Nutrición. Guía Alimentaria para la Población Uruguaya: para una alimentación saludable, compartida y placentera. Montevideo: Ministerio de Salud, 2016.
Perú. Ministerio de Salud. Instituto Nacional de Salud. Guías alimentarias para la población peruana. Lima: Ministerio de Salud, 2019.
Chile. Ministerio de Salud. Ley de Alimentos. 2016.
Perú. Ministerio de Salud. Manual de Advertencias Publicitarias del Reglamento de la Ley no. 30021, Ley de Promoción de la Alimentación Saludable para niños, niñas y adolescentes.
México. Secretaría de Economía. Modificación a la Norma Oficial Mexicana NOM-051-SCFI/SSA1-2010, Especificaciones generales de etiquetado para alimentos y bebidas no alcohólicas preenvasados-Información comercial y sanitaria. México, D.F., 18 de febrero de 2010. Diario Oficial, 5 de abril de 2010.
Ferreira NSA. As pesquisas denominadas “estado da arte”. Educ Soc. 2002; 79:257-272. Doi: 10.1590/S0101-73302002000300013
Macias-Chapula CA. O papel da infometria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional. Ci Inf. 1998; 27(2):134-140. Doi: 10.1590/S0100-19651998000200005
Pan American Health Organization. Nutrient Profile Model. Washington (DC): PAHO, 2016.
Elisabeth L, Machado P, Zinocker M, Baker O, Lawrence M. Ultra-processed foods and health outcomes: a narrative review. Nutrients. 2020; 12(7):1955. Doi: 10.3390/nu12071955
Lane MM, Davis JA, Beattie S, Gómez-Donoso C, Loughman A, O´Neil A, et al. Ultra processed food and chronic noncommunicable diseases: a systematic review and meta-analysis of 43 observational studies. Obes Rev. 2021; 22(3):e13146. Doi: 10.1111/obr.13146
Pagliai G, Dinu M, Madarena MP, Bonaccio M, Iacoviello L, Sofi F. Consumption of ultra-processed foods and health status: a systematic review and meta-analysis. Br J Nutr. 2021; 125(3):308-318. Doi: 10.1017/S0007114520002688
Lam MCL, Adams J. Association between home food preparation skills and behavior and consumption of ultra-processed foods: cross-sectional analysis of the UK National Diet and nutrition survey (2008-2009). Int J Behav Nutr Phys Act. 2017; 14(1):68. Doi: 10.1186/s12966-017-0524-9
Scrinis G, & Monteiro CA. Ultra-processed foods and the limits of product reformulation. Public Health Nutr. 2018; 21(1):247-252. Doi: 10.1017/S1368980017001392
Pérez-Ferrer C, Auchincloss AH, de Menezes MC, Kroker-Lobos MF, Cardoso LO, Barrientos-Gutierrez T. The food environment in Latin America: a systematic review with a focus on environments relevant to obesity and related chronic diseases. Public Health Nutr. 2019; 22(18):3447-3464. Doi: 10.1017/S1368980019002891
Morris MA, Hulme C, Clarke GP, Edwards KL, Cade JE. What is the cost of a healthy diet? Using diet data from the UK women’s cohort study. J Epidemiol Community Heath. 2014; 68(11):1043-1049. Doi: 10.1136/jech-2014-204039
Drewnowski A. The cost of US foods as related to their nutritive value. Am J Clin Nutr. 2010; 92(5):1181–1188. Doi: 10.3945/ajcn.2010.29300
Maia EG, dos Passos CM, Levy RB, Martins APB, Mais LA, Claro RM. What to expect from the price of healthy and unhealthy foods over time? The case from Brazil. Public Health Nutr. 2020; 23(4):579-588. Doi: 10.1017/S1368980019003586
Claro RM, Maia EG, Costa BVL, Diniz DP. Preço dos alimentos no Brasil: prefira preparações culinárias a alimentos ultraprocessados. Cad. Saúde Pública. 2016; 32(8):e00104715. Doi: 10.1590/0102-311X00104715
Romero-Martínez M, Shamah-Levy T, Vielma-Orozco E, Heredia-Hernández O, Mojica-Cuevas J, Cuevas-Nasu L, et al. Encuesta Nacional de Salud y Nutrición 2018-19: metodología y perspectivas. Salud Pública de México. 2019; 61(6): 917-923. Doi: 10.21149/11095
Romero-Martínez M, Shamah-Levy T, Franco-Núñez A. Encuesta Nacional de Salud y Nutrición 2012: diseño y cobertura. Salud Pública de México. 2013; 55(Supl.2): S332-S340. Doi: 10.21149/spm.v55s2.5132
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares: 2008-2009. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 130p, 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: avaliação nutricional da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 56p, 2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção à Saúde. Guia Alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2022. Brasília: MCTIC, 2016.
Da Silva LL, Azevedo Filho ET, da Hora HRM. Financiamento de ciência e tecnologia: uma análise sobre a região Sudeste. Cad Desenvolvimento Fluminense. 2019; 17:11-25.
Black MM, Walker SP, Fernald LCH, Andersen CT, DiGirolamo AM, Lu C, et al. Early childhood development coming of age: science through the life course. Lancet. 2017; 389(10064):77–90. Doi: 10.1016/S0140-6736(16)31389-7
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Vivian Costa Resende Cunha, Camila A. Borges, Daniela S. Canella
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Usted es libre de:
Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato
Adaptar — remezclar, transformar y construir a partir del material
La licenciante no puede revocar estas libertades en tanto usted siga los términos de la licencia
Bajo los siguientes términos:
Atribución — Usted debe dar crédito de manera adecuada, brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios. Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
NoComercial — Usted no puede hacer uso del material con propósitos comerciales.
No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.