Hábito alimentar e síndrome metabólica em uma amostra de adultos brasileiros

Autores/as

  • Fábio Antonio Neia Martini
  • Marcelo Brandão Borges
  • Dartagnan Pinto Guedes

Palabras clave:

Consumo de Alimentos, Síndrome Metabólica, Fatores de Risco, Estudos Epidemiológicos, Brasil, Food Consumption, Metabolic Syndrome, Risk Factors, Epidemiologic Studies, Brazil

Resumen

O objetivo do estudo foi analisar indicadores relacionados ao hábito alimentar e sua associação com síndrome metabólica (SMet) em amostra representativa de adultos de uma comunidade do interior do Estado de São Paulo, Brasil. A amostra foi composta por 1.112 sujeitos de ambos os sexos, com idades ≥ 20 anos. A coleta de dados constituiu de informações sociodemográficas, indicadores quanto aos hábitos alimentares, medidas antropométricas, pressão arterial em repouso, dosagens de glicemia e lipídeos plasmáticos. A SMet foi identificada de acordo com critérios definidos pelo NCEP–ATP III. Os resultados apontaram que menos de 10% da amostra apresentou consumo adequado de frutas e hortaliças. Consumo regular de alimentos ricos em gordura (≥ 5 dias/semana) foi relatado por 54,2% e de produtos açucarados e refrigerantes por 38,6% da amostra. Sexo, idade, escolaridade, classe econômica familiar e estado nutricional influenciaram significativamente os hábitos alimentares. A proporção de ocorrência de SMet se aproximou dos 24%, significativamente mais elevada nos homens (27,8% vs 20,3%; p = 0,005). Risco de identificar SMet em sujeitos que relataram não consumir frutas e hortaliças regularmente foi aproximadamente duas vezes maior que em seus pares que relataram consumo adequado (mulheres: OR = 1,93; 95% IC 1,51 – 2,38; homens: OR = 2,04; 95% IC 1,63 – 2,40). Exposição de risco para SMet foi progressivamente maior de acordo com o maior consumo relatado de alimentos ricos em gordura, produtos açucarados e refrigerantes. Os achados sugerem intervenções imediatas voltadas à adoção de hábitos alimentares saudáveis, auxiliando na minimização dos riscos de aparecimento e desenvolvimento da SMet..

The objective was to analyze indicators related to eating habits and their association with metabolic syndrome (MetS) in a representative sample of adults in a community from State of São Paulo, Brazil. The sample was comprised of 1,112 participants aged ≥ 20 years. Data from sociodemographic issues, indicators regarding eating habits, anthropometric measures, resting arterial pressure, blood glucose and plasma lipids were registered. MetS was assessed according to the NCEP–ATP III criteria. The results showed that adequate consumption of fruits and vegetables was reported by less than 10% of the individuals. Regular consumption of fatty foods (≥ 5 days/week) was reported by 54.2% and sugar-added products and soft drinks by 38.6% of the interviewees. Gender, age, schooling, socioeconomic level and nutritional status influenced significantly the eating habits. Prevalence of MetS was approximately 24%, significantly higher in men (27,8% vs 20,3%; p = 0.005). Risk to identify MetS in individuals who reported not consuming regularly fruits and vegetables was approximately two times higher than their peers who reported adequate intake (women: OR = 1.93; 95% CI 1.51 – 2.38; men: OR = 2.04; 95% CI 1.63 – 2.40). Exposure risk for MetS was progressively higher according to reported higher consumption of fatty foods, sugar-added products and soft drinks. The findings suggest interventions in order to emphasize healthy eating habits, which could help to minimize risk of MetS.

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Cómo citar

Neia Martini, F. A., Brandão Borges, M., & Pinto Guedes, D. (2021). Hábito alimentar e síndrome metabólica em uma amostra de adultos brasileiros. Archivos Latinoamericanos De Nutrición (ALAN), 64(3), 161–173. Recuperado a partir de http://saber.ucv.ve/ojs/index.php/rev_alan/article/view/21208

Número

Sección

Trabajos de Investigación