Perfil de morbidade no primeiro ano de vida entre recém-nascidos de alto risco
DOI:
https://doi.org/10.37527/2022.72.4.001Palavras-chave:
Pré-Termo, Recém-Nascidos, FragilidadeResumo
Os cuidados destinados aos recém-nascidos prematuros extremos têm propiciado importantes resultados na sobrevida dessas crianças. Objetivo: Caracterizar o perfil de morbidade no primeiro ano de vida entre recémnascidos de alto risco. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratória realizada no ambulatório de seguimento de recém-nascidos de alto risco do norte de Minas Gerais. A coleta de dados foi referente às admissões no período de março de 2014 a abril de 2015. O instrumento contemplava características: demográficas, sociais, condições de gestação e parto, intercorrências no pós-parto e condições de saúde das crianças acompanhadas ao longodo primeiro ano de vida. Realizou-se a análise estatística descritiva e o teste Qui-Quadrado, assumindo-se um nível de significância de 5% para comparação da distribuição das morbidades por faixas de peso. Resultados: Participaram deste estudo 282 recém-nascidos, sendo 53,9% do sexo masculino. Entre as mães, 58,2% era multípara e 35,8% hipertensas. Em relação ao peso de nascimento, 59,6% dos recém-nascidos acompanhados pesaram menos de 1500 gramas. As principais morbidades identificadas no primeiro ano de vida foram atraso do desenvolvimento neuro-psicomotor, infecções de vias aéreas superiores, as alterações neurológicas e as afecções respiratórias crônicas. Foram registradas diferenças estatisticamente significantes para o atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor (p<0,001), intercorrências neurológicas (p=0,008) e episódios de diarreia (p=0,047), entre as faixas de peso de nascimento. Conclusão: A assistência ambulatorial para o recém-nascido prematuro de alto risco contribui para a identificação e a prevenção de doenças recorrentes nessa população.
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